Que vomito ao vento,
Sem arrependimento
De tudo que sou!
(sel)
"À sombra deste poema escuro, tão imperfeito,
quero dizer a você que sofro menos,
muito menos do que pareço sofrer.
Que não há crença em minha aceitação,
que não há pena ou medo entre estas sombras.
À luz da memória eu vivo,
à luz do que vou vendo e vou dizendo,
à sombra da imperfeição."
(Izacyl Guimarães Ferreira)
.
Tenho um depósito de lixo na garganta
De vidas ocas,de borboletas confusas
que vazam como fluído vítreo
ao fundo de meu íntimo.
.
Não tenho medo desta imperfeição,
em que meu coração foi transplantado,
Vôo nas asas de um arcanjo ao Plenilúnio
Sinto o ósculo de Mefistófeles e me orgulho.