quinta-feira, maio 28, 2009

Murmúrio a imperfeição

Ao dilatar as palavras,
Que vomito ao vento,
Sem arrependimento
De tudo que sou!
(sel)
"À sombra deste poema escuro, tão imperfeito,
quero dizer a você que sofro menos,
muito menos do que pareço sofrer.
Que não há crença em minha aceitação,
que não há pena ou medo entre estas sombras.
À luz da memória eu vivo,
à luz do que vou vendo e vou dizendo,
à sombra da imperfeição."
(Izacyl Guimarães Ferreira)
.
Tenho um depósito de lixo na garganta
De vidas ocas,de borboletas confusas
que vazam como fluído vítreo
ao fundo de meu íntimo.
.
Não tenho medo desta imperfeição,
em que meu coração foi transplantado,
Vôo nas asas de um arcanjo ao Plenilúnio
Sinto o ósculo de Mefistófeles e me orgulho.

3 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Sel,

Muito interessante as poesias! A primeira, sua, e a segunda, de uma outra pessoa que não conheço e a terceira, sem identificação? Será sua também?

Mas então deixa eu me identificar! Sou CA Ribeiro Neto, do blog www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com , que divido com a Fau e outra amiga!
Esse nosso blog está meio parado por motivos pessoais, sabe... mas se quiser visitar o meu, seja bem vinda: www.caribeironeto.blogspot.com

Abraço

~*Rebeca*~ disse...

Esse ósculo tem que ser apertado... é muito bom sentir esse carinho.

Beijo grande, Selma linda.

Maravilhoso final de semana.

Rebeca


-

Porcelain disse...

Não há perfeição sem imperfeição... tudo são apenas rótulos que inventamos... que belo esse orgulho pelas tuas imperfeições... prova que te amas... e quem se ama está pronta para amar os demais...

A imagem é magnífica; fiquei fascinada com o texto também e com o imenso conteúdo que colocaste em poucas palavras...

Beijinhos grandes!