quarta-feira, julho 08, 2009

Miséria d'alma


"Meu verso é sangue.Volúpia ardente...
Tristeza esparsa...remorso vão...
Dói-me nas veias...Amargo e quente,
Cai,gota a gota,do coração."
(Manuel Bandeira)
.
Somam-se o dia e a noite
Num triste olhar desesperado
de quem procura consolo,
para um coração dilacerado.
.
Entre sol e lua
Segue cega pela rua
Golpeando rostos e corpos
com sua flecha fria
.
Ao vento destila
o mel de tua tristeza,
a embriaguez de tua fraqueza
.
No escuro do quarto esconde-se
Entre parede e janela
Vislumbra sua miséria.
.
(Sel)
.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
(Manuel Bandeira)

3 comentários:

Asas Negras disse...

Minha mestra certa vez disse.
As pessoas que nos amam são incapazes de nos fazerem felizes... Apenas as pessoas que amamos o podem...

~*Rebeca*~ disse...

Que dor na alma, Sel linda...

Mesmo triste, ficou lindo!

Beijo grande.

Rebeca

-

Porcelain disse...

Somos todos tão miseráveis... somos todos tão fracos... é por isso que dó tanto... mas... temos em nós a força dos deuses... basta descobri-la e do meio da nossa miséria, poderemos, pelo menos, vislumbrar a magnificência de uma consciência superior... :)

Beijinhos!